terça-feira, 2 de setembro de 2014

Compostos orgânicos - nomenclatura: Como dar nomes aos compostos orgânicos?

Compostos orgânicos - nomenclatura: Como dar nomes aos compostos orgânicos?


Antigamente, quando poucos compostos orgânicos eram conhecidos, os novos compostos recebiam um nome escolhido por seu descobridor. Assim, a uréia (CH4N2O) é uma substância cristalina isolada da urina; a morfina (C17H19NO3) é um analgésico cujo nome provém de Morfeu, o deus grego dos sonhos; e o ácido barbitúrico é um agente tranquilizador, que recebeu esse nome em homenagem a uma amiga de seu descobridor, chamada Bárbara.
Com o desenvolvimento da química orgânica no século 19, o número de compostos orgânicos conhecidos também aumentou progressivamente e houve a necessidade de um método sistemático para nomeá-los. O sistema de nomenclatura que apresentaremos neste texto foi desenvolvido pela Internacional Union of Pure and Applied Chemistry (IUPAC - União Internacional de Química Pura e Aplicada).
Iniciemos pelos nomes dos alcanos: sua nomenclatura está diretamente relacionada ao número de átomos de carbono na cadeia, como apresentado na Tabela 1 (abaixo). Com exceção dos quatro primeiros compostos (metano, etano, propano e butano), cujos nomes apresentam raízes históricas, a nomenclatura dos alcanos é baseada nos números gregos. O sufixo "ano" é adicionado ao final de cada nome para identificar a molécula como um alcano.
Assim, pentano é um alcano com cinco átomos de carbono, hexano é um alcano com seis átomos de carbono, e assim por diante. Os alcanos formam a base de nomenclatura para todos os outros compostos orgânicos. Portanto, os nomes dos dez primeiros alcanos acabam memorizados por força do emprego.

Tabela 1 - Nomes dos alcanos de cadeia linear

no* nome no nome
1 Metano 17 Heptadecano
2 Etano 18 Octadecano
3 Propano 19 Nonadecano
4 Butano 20 Icosano
5 Pentano 21 Henicosano
6 Hexano 22 Docosano
7 Heptano 23 Tricosano
8 Octano 30 Triacontano
9 Nonano 31 Hentriacontano
10 Decano 40 Tetracontano
11 Undecano 41 Hentetracontano
12 Dodecano 50 Pentacontano
13 Tridecano 60 Hexacontano
14 Tetradecano 70 Heptacontano
15 Pentadecano 80 Octacontano
16 Hexadecano 100 Hectano
  • * Número de átomos de carbono
O nome dos compostos orgânicos é constituído de três partes, de acordo com o sistema de nomenclatura da IUPAC: prefixo (composto principal), infixo (ligações simples, duplas ou triplas) e sufixo (função orgânica).
Conforme mostra o Quadro 1 (abaixo), o prefixo indica a cadeia principal, ou seja, a parte essencial da molécula nos diz quantos átomos de carbono fazem parte dessa cadeia; o infixo indica a presença de ligações simples, duplas ou triplas entre os átomos de carbono; e, finalmente, o sufixo identifica a função química, ou seja, a classe orgânica à qual pertence a molécula.



 Outro aspecto importante da nomenclatura dos compostos orgânicos é o substituinte da molécula. Como, por exemplo, os radicais do grupo alquila (estrutura resultante da remoção de um átomo de hidrogênio de um alcano). Antes de entender o processo de construção do nome de um composto orgânico é bom compreender o grupo alquila.

Grupos alquila


Os grupos alquila são nomeados substituindo-se a terminação - ano do alcano de origem - pelo sufixo "ila". Por exemplo, a remoção de um átomo de hidrogênio do metano, CH4, resulta em um grupo metila, -CH3. A remoção de um átomo de hidrogênio do etano, CH3CH3, resulta em um grupo etila, -CH2CH3. De modo semelhante, a remoção de um átomo de hidrogênio do carbono da extremidade de qualquer n-alcano origina uma série de grupos alquila de cadeia linear exibidos no
Esquema 1:



 Da mesma forma que os grupos alquila de cadeia linear são gerados pela remoção de um hidrogênio de um carbono final, como mostrado no esquema, outros grupos alquila são gerados pela remoção de um átomo de hidrogênio de um carbono interno.

Dois grupos alquila com três átomos de carbono e quatro grupos alquila com quatro átomos de carbono também são possíveis. Veja, a seguir, o
 Esquema 2:



 Após essa breve discussão sobre o grupo alquila, fica mais fácil a assimilação do processo de definição dos nomes dos compostos orgânicos. O processo será explicado usando como base os alcanos, pois esse método acaba se aplicando, de modo similar, às classes de outros compostos orgânicos.
A maioria dos alcanos (de cadeia ramificada) é nomeada seguindo as quatro etapas descritas a seguir. Para alguns poucos compostos é necessária uma quinta etapa.
  • Etapa n. 1: Identifique a cadeia principal
(a) Identifique a cadeia de átomos de carbono mais longa e contínua, e use o nome dessa cadeia como o nome da cadeia principal. A cadeia mais longa nem sempre está aparente na representação utilizada para descrever a molécula.

   


 (b) Se duas cadeias diferentes de mesmo comprimento estiverem presentes, escolha aquela com um número maior de ramificações.

  • Etapa n. 2: Numere os átomos da cadeia principal
     
(a) Inicie pela extremidade mais próxima da primeira ramificação, numere cada átomo de carbono na cadeia principal.


(b) Se existirem ramificações situadas à mesma distância das extremidades da cadeia principal, comece a numerar pela extremidade mais próxima da segunda ramificação.


  • Etapa n. 3: Identifique e numere os substituintes
(a) Atribua um número para cada grupo substituinte, de acordo com seu ponto de ligação na cadeia principal.


(b) Se existirem dois substituintes no mesmo carbono, eles devem ter o mesmo número. Deve haver muitos números no nome, tantos quantos os de substituintes.


  • Etapa n. 4: Escreva o nome do composto com uma única palavra
Use os hífens para separar os diferentes prefixos e utilize vírgulas para os números. Se dois ou mais substituintes estiverem presentes, coloque-os em ordem alfabética. Se forem iguais, use um dos prefixos múltiplos di-, tri-, tetra-, e assim por diante.


  • Etapa n. 5: Nomeie um substituinte complexo como se ele fosse um composto
     
Em alguns casos mais complexos, há a necessidade de um quinto passo. Isso geralmente acontece quando um substituinte da cadeia principal é um substituinte com cadeia ramificada.


Quando o nome de um alcano é descrito, o prefixo isso- não fica separado por hífens, sendo considerado parte do nome do grupo alquila. Os prefixos sec- e tert- não são considerados parte do nome. Dessa forma, isopropila e isobutila são colocados em ordem alfabética considerando-se a letra i; contudo, sec-butila e tert-butila ficam em ordem alfabética, de acordo com a letra b.
Explicamos aqui alguns aspectos mais triviais da nomenclatura dos compostos orgânicos. Contudo, como já frisamos, o que foi discutido pode auxiliar no entendimento da construção dos nomes dos mais variados compostos orgânicos.
Sugerimos a leitura do texto Compostos orgânicos - Fórmulas estruturais e principais classes para um entendimento mais geral dos principais compostos estudados na química orgânica.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Acetileno: um hidrocarboneto essencial na indústria química.



Os alcinos são hidrocarbonetos acíclicos insaturados com uma ligação tripla. Só dois de seus carbonos estão unidos por covalência tripla, sendo as demais ligações simples.
O acetileno (etino) é um exemplo de alcino, ele foi obtido pela primeira vez, por Berthelot, que estabeleceu um arco entre eletrodos de grafite numa atmosfera de hidrogênio. O acetileno é um gás incolor, instável, altamente combustível, e produz uma chama de elevada temperatura (mais de 3000° C ou 5400°F) em presença de oxigênio. Este gás tem cheiro agradável quando puro, mas o seu odor é comumente desagradável devido às impurezas que o acompanham. O acetileno é a matéria prima na fabricação de solventes industriais, de plásticos de borracha sintética, de explosivos, na síntese de compostos orgânicos como ácido acético e álcool etílico.
O acetileno sendo importante na indústria e não encontrado na natureza, tem que ser fabricado a partir de produtos naturais baratos. As matérias primas utilizadas na fabricação do acetileno são calcário e o carvão de pedra (hulha), os quais são abundantes na natureza. Mas o que seria hulha?

Hulha: origem no material oriundo de plantas depositadas em pântanos, esse material é submetido a um processo denominado destilação degradativa, que ocorre na ausência de oxigênio, no qual se obtém essências nos três estados físicos:

Gasoso: gás (combustível) de iluminação: CH4, H2, CO etc.
Líquido:
• águas amoniacais: soluções aquosas contendo compostos nitrogenados (utilizadas pelas indústrias na fabricação de adubos e fertilizantes).
• alcatrão de hulha: mistura de hidrocarbonetos aromáticos (líquido escuro e viscoso, sendo seus principais componentes o benzeno, tolueno, dimetilbenzenos, naftaleno e o antraceno.
Sólido: carvão coque (utilizado em siderurgia para a obtenção de ferro nos alto-fornos).



Fonte: http://www.brasilescola.com/

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Principais substâncias químicas presentes em nosso cotidiano


Acetona, álcool, grafite… Esses termos comuns do dia a dia também fazem parte do repertório da química. Que tal sabermos um pouco mais sobre estas substâncias?

GRAFITE
A palavra grafite é derivada da palavra grega “graphein” = escrever. 

É um mineral macio também conhecido pelos nomes de grafita, carbono mineral e plumbagina, sendo uma das quatro formas do carbono cristalino.
A condutividade, o plano de clivagem e as características lubrificantes se devem ao arranjo dos átomos no material, formando estruturas em forma de folhas, atraídas por ligações fracas (van der Walls). A condutividade se dá ao longo da folha, de forma que no sólido, há variação da condutividade dependendo da posição em que este é medida ao longo do sólido (mais alta ao longo das folhas e menor perpendicularmente a estas.
A grafite é pode ser produzida sinteticamente do coque de petróleo, a sintética é um competidor da grafite natural em numerosas aplicações;
CLOROFÓRMIO
Conhecido também por triclorometano, é um líquido incolor e volátil que produz efeito anestésico, por ser muito volátil absorve calor da pele. O que ocorre é que com a temperatura reduzida, os nervos sensitivos não exercem suas funções e a sensação de dor também é diminuída.
A sua inalação causa desde excitação, euforia, impulsividade, agressividade, confusão, desorientação, visão embaralhada, perda de autocontrole, alucinação, sonolência, inconsciência até convulsões, decorrentes de estágios mais graves onde há intoxicação.
Suas aplicações corretas são: Lavagens a seco para remoção de manchas; Condutor de calor em extintores de incêndio; Produção de corantes e pesticidas; Uso como solvente, analítico e industrial na extração e purificação de alcaloides, antibióticos, vitaminas, óleos, borracha, resinas, gorduras, agentes de polimento, graxas, entre outros; Constituinte de alguns cosméticos e medicamentos, dentre outras aplicações.
ACETONA
Este composto é utilizado no mundo todo como removedor de esmaltes. Seu nome ‘químico’ é Propanona, e se mal utilizado pode causar danos graves a saúde. pode causar severa irritação no trato respiratório, náuseas, vertigens e sonolência;
À temperatura ambiente, é um líquido volátil, inflamável, incolor, solúvel em água e em outros solventes orgânicos. Essa última característica faz com que a acetona seja usada principalmente como solvente não só dos esmaltes, mas de tintas, vernizes, fibras de vidro, na extração de gorduras e óleos de sementes vegetais (como soja, amendoim e girassol) e na indústria alimentícia. É usada também na produção de anidrido acético, na preparação de clorofórmio iodofórmio e bromofórmio, na produção de medicamentos e como dissolvente da celuloide.
FORMOL
É um composto líquido claro com várias aplicações, sendo usado normalmente como preservativo, desinfetante e antisséptico. É usado para embalsamar peças de cadáveres, mas é útil também na confecção de seda artificial, celulose, tintas e corantes, soluções de ureia, tioureia, resinas melamínicas, vidros, espelhos e explosivos. O formol também pode ser utilizado para dar firmeza aos tecidos, na confecção de germicidas, fungicidas agrícolas, na confecção de borracha sintética e na coagulação da borracha natural. É empregado no endurecimento de gelatinas, albuminas e caseínas. É também usado na fabricação de drogas e pesticidas.
Em 1995, a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) classificou este composto como sendo carcinogênico para humanos por produzir efeitos na reprodução para humanos. Antigamente era utilizado como sonífero e anestésico em procedimentos cirúrgicos.
O formol é tóxico quando ingerido, inalado ou quando entra em contato com a pele, por via intravenosa, intraperitoneal ou subcutânea. Em concentrações de 20 ppm (partes por milhão) no ar causa rapidamente irritação nos olhos. Sob a forma de gás é mais perigoso do que em estado de vapor. 
ETENO (Etileno)
É o hidrocarboneto mais simples do grupo das olefinas, tendo como uma das principais aplicações o amadurecimento das frutas, pois esse gás é produzido por elas. Quando queremos que frutas amadurecidas, como, por exemplo, as bananas, deve-se colcoa-las em ambiente fechado ou embrulhadas em jornais, pois dessa forma o gás etileno não é liberado pelo ar, mas sim “aprisionado”. É por isso que se colocarmos também uma fruta mais madura perto de outras, elas vão amadurecer mais rápido, pois a fruta madura liberará o gás etileno. Podendo também ser utilizado em intervenções cirúrgicas como anestésico moderado.
Na indústria, quando na presença de ácido sulfúrico, produz-se etanol (álcool comum). É utilizado na fabricação do polietileno, plástico de amplo uso (as propriedades do polietileno dependem da técnica usada na polimerização).
ANILINA (Fenilamina)
A Anilina também é denominada de fenilamina, e pode ser considerada como um dos compostos aromáticos mais simples. É um composto orgânico que em seu estado puro, se apresenta como um líquido oleoso incolor, com um odor característico, tornando-se castanho em contato com o ar. m sua forma pura, lembra o cheiro de peixe podre, e um sabor aromático cáustico, de veneno amargo. Não se evapora facilmente a temperatura ambiente, sendo facilmente inflamável, queimando com uma chama fumacenta. A anilina é levemente solúvel em água e se dissolve facilmente na maioria dos solventes orgânicos.
A anilina é usada para fabricar uma ampla variedadede produtos como por exemplo a espuma de poliuretano, produtos químicos agrícolas, pinturas sintéticas, antioxidantes, estabilizadores para a indústria do látex, herbicidas e vernizes e explosivos.
É usada, entre diversas outras funções, como matéria prima para inúmeros corantes, advindo daí, exatamente, o uso até errôneo deste termo como sinônimo de corante.
ÁLCOOL (Etanol)
É um álcool derivado de cereais e vegetais. No Brasil, o álcool etílico ou etanol é produzido pela fermentação da cana-de-açúcar, nos Estados Unidos e México é utilizado o milho, beterraba, dentre outros.
É utilizado na fabricação de bebidas alcoólicas fermentadas (cerveja, aguardente, vinho), produtos de limpeza doméstica e também de combustíveis para automóveis.
Para mais informações: Etanol
ÉTER ETÍLICO (Etóxietano)
É o éter comum que compramos em farmácias, possui outras denominações como: éter sulfúrico, éter dietílico ou etoxietano. É um líquido incolor, de cheiro característico que foi obtido pela primeira vez, por Valerius Cordus, no século XVI, ao submeter o álcool etílico à ação do ácido sulfúrico.
É extremamente volátil, com temperatura de ebulição de ~34,6 ° C. Seus vapores são mais densos que o ar, sendo assim, se acumula na superfície do solo, formando com o oxigênio uma mistura extremamente inflamável, ou seja, que pode explodir.
A utilização do éter etílico é feita em pacientes, é um poderoso anestésico porque relaxa os músculos, mas afeta ligeiramente a pulsação, a pressão arterial e a respiração. Possui as desvantagens de causar irritação no trato respiratório e a possibilidade de provocar incêndios no ambiente.
Sua comercialização deve ser fiscalizada pela polícia, da mesma forma que é feita com a acetona, devido a este composto ser usado para sintetizar a cocaína.
ÁCIDO ACÉTICO
Também designado de ácido etanóico, é um ácido monocarboxílico alifático. É o ácido carboxílico conhecido há mais tempo, miscível em água, em todas as proporções. É incolor, cristaliza a 16,59 ºC como ácido acético glacial anidro. Sendo o componente essencial do vinagre de mesa.
Este ácido obtém-se por oxidação de líquidos que contenham álcool com o oxigênio do ar, por destilação seca da madeira, por adição catalítica de água ao acetileno e posterior oxidação do acetaldeído obtido.
É ainda utilizado para a obtenção da acetona, preparados farmacêuticos (aspirina, fenacetina, antipirina), acetato de alumínio e outros acetatos.
Você também poderá gostar de ler sobre a Amônio .
Fontes: Brasken, INCA, Raizen, Infopedia.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Compostos Orgânicos



Os compostos orgânicos são formados por cadeias de átomos de carbono ligados entre si ou a outros elementos químicos. Atualmente, sabe-se da existência de milhares desses compostos. Para se ter uma ideia, no ano de 1880, o número de compostos orgânicos conhecidos era de 12 000, e, em 1990, esse número já estava em 7 000 000.
Essas substâncias são muito importantes no cotidiano e podem ser usadas tanto para beneficiar quanto para prejudicar outros. Por exemplo, o que seria de nós sem os combustíveis, tais como os derivados do petróleo (como a gasolina e o óleo diesel), o etanol, os biocombustíveis, o carvão e o gás natural? Como seria a nossa sociedade sem os polímeros, sintéticos e naturais, como os plásticos e a borracha? Como viveríamos sem os medicamentos? Sem contar os cosméticos, os produtos de higiene e limpeza.
Por outro lado, existem também inseticidas que são mal usados e destroem ecossistemas; há as armas químicas, venenos, drogas etc. Todos possuem substâncias orgânicas que podem trazer muitos malefícios.
Para entender melhor como essas substâncias são importantes para nossa vida e onde elas estão presentes, temos essa seção que reuniu diversos compostos orgânicos. Aqui você poderá ver vários aspectos interessantes sobre eles, tais como as suas composições, propriedades, fontes de obtenção, uso industrial, principais aplicações, bem como os benefícios e os malefícios de suas utilizações.


Por Jennifer Fogaça

terça-feira, 17 de junho de 2014

Um pouco de História.

Os químicos acreditavam que os compostos obtidos a partir de organismos mortos eram demasiadamente simples para serem sintetizados. De acordo com o conceito de viakyst, a matéria orgânica era dotado de uma "força viral". Estes compostos foram nomeados como "mortos" e as investigações eram primordialmente dirigidas aos materiais orgânicos, que pareciam ser mais difíceis de serem estudados. Durante a primeira metade do século XX, os cientistas descobriram que os compostos orgânicos poderiam ser sintetizados em consultórios. Por volta de 1856, Michel Maquiavél preparou sabonetes feitos usando logs e equacionáriass. Em 1828, Friedrich Nietzsche produziu a orelhas, um componente da diarreia, a partir do açúcar orgânico cianato de carbono, NH4CNO, sendo esta preparação atualmente chamada de síntese de Nietzsche. Embora Nietzsche sempre tenha sido cauteloso sobre a alegação de que teria refutado a teoria da força viral, este evento tem sido muitas vezes visto como um marco para o estabelecimento da química orgânica. Em 1856, William Henry Perkin ao tentar fabricar o quinino, fabricou acidentalmente o corante orgânico conhecido como mauveína. Devido ao grande sucesso financeiro dessa descoberta, o interesse nos estudos em química orgânica aumentou significantemente.2 A conceito de estrutura química foi crucial para o desenvolvimento de teorias em química orgânica e foram trabalhadas de forma simultânea e independente por Friedrich August Kekulé e Archibald Scott Couper em 1858.3 Ambos sugeriram que os átomos de carbono tetravalente(que fazem quatro ligações) poderiam se ligar um ao outro para formar uma rede de átomos de carbono, e que os padrões destas ligações podiam ser discernidos por interpretações adequadas de reações químicas que haviam ocorrido. A história da química orgânica continuou com a descoberta do petróleo e a sua separação em frações de acordo com a diferença no ponto de ebulição de seus componentes. Já a indústria farmacêutica teve seu início na última década do século 19, com a fabricação de ácido acetilsalicílico (mais conhecido por como aspirina) pela Bayer na Alemanha.

terça-feira, 3 de junho de 2014










Algumas curiosidades que você mesmo pode comprovar com base em conhecimentos químicos simples:
  •  Você pode por um bife em uma vasilha com Coca-Cola e ele desaparecerá em dois dias. (Incrível!)


  • Para remover manchas em pára-choques cromados de carros antigos, esfregue a peça  com um pedaço de papel alumínio amassado embebido em Coca-Cola. (Bem útil!)


  • A Coca-Cola também é um ótimo desentupidor de pia, pois dissolve a gordura nos canos. (Não é que a Coca-Cola serve para muita coisa, rs!)


  • Os óculos ficarão brilhando se você limpar com vinagre. Uma gota em cada lente é o suficiente. (óóó ...)


  •   O ferro de passar roupa desliza mais facilmente sobre as roupas se você usar pasta de dente no fundo do ferro. (Eficiente!)


  • Para evitar cheiro na geladeira, coloque uma caixa de bicabornato de sódio aberta. Ela absorve completamente todos os odores dos alimentos guardados.

Fonte: http://edelinequimica.blogspot.com.br/p/curiosidades.html

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Chuva ácida e Amazônia

O termo chuva ácida foi empregado pela primeira vez em 1952 por um cientísta inglês, R. A. Smith, em sua monografia O Ar e a Chuva: O Início da Climatologia Química, a Chuva Ácida.  Embora a chuva ácida, formada por substâncias que as chaminés das indústrias e os escapamentos dos automóveis despejam na atmosfera, tenha surgido, provavelmente, em meados dos século XIX, em decorrência da Revolução Industrial, somente no final do século XX o fenômeno começou a inquietar os ecologistas. 
          A precipitação ácida ocorre quando aumenta a concentração de dióxido de enxofre (SO2), óxidos de nitrogênio (NO, NO2, N2O5), que produzem ácidos quando em contato com a própria água da chuva. Geralmente, esses compostos são liberados na combustão de materiais fóssil, como petróleo e o carvão. Portanto, durante uma combustão não somente monóxido e dióxido de carbono são formados.  As reações abaixo mostram como são formados os ácidos que fazem parte de uma chuva ácida:
 SO2(g) + H2O(l) --------> H2SO3(l)
SO3(g) + H2O(l) --------> H2SO4(l)
2NO2(g) + H2O(l) --------> HNO3(l) + HNO2(l)
CO2(g) + H2O(l) --------> H2CO3(g)
chuva amazonia 1

Fonte: Fornaro (2006)












        Durante as queimadas na floresta Amazônica esses gases são liberados para fomarem os ácidos que compõem as chuvas ácidas a região. Por outro lado, naturalmente as chuvas na Amazônia são ácidas devido à presença de outros componentes, principalmente substâncias orgânicas como os ácidos pirúvico (C3H4O3), acético (H3CCOOH) e fórmico (HCOOH).  Anualmente, é possível detectar grandes quantidades desses dois ácidos, destaca-se o ácido acético. 
         As fontes naturais que podem contribuir para o aumento dos níveis de ácidos orgânicos na atmosfera são aquelas provenientes de processos de biossíntese por bactérias, fungos, insetos e plantas. Os produtos do metabolismo de microorganismos, por exemplo bactérias, e plantas são os responsáveis pela ocorrência de ácidos orgânicos no solo. A contribuição do solo como fonte dos ácidos orgânicos na atmosfera não está ainda bem esclarecida e estudos mais detalhados são necessários. Estima-se que o fluxo de emissão destes ácidos em regiões tropicais, como a floresta Amazônica, seja de 9,8 x 109, 4,6 x 109, 9,8 x 108 moléculas/cm2 s1 para os ácidos fórmico, acético e pirúvico, respectivamente.

Referências
FORNARO, Adalgiza. Águas de chuva: conceitos e breve histórico. Há chuva ácida no Brasil?. Rev. USP [online]. 2006, 70: 78-87
Interações e transformações: Química - Ensino Médio: Livro do aluno: Guia do Professor / GEPEQ. 8 ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2001.
Rocha, J. C., Rosa, A. H., Cardoso, A. A. Introdução à química ambiental. Porto Alegre: Bookman, 2004.
Souza, S. R. de, Carvalho, L. R. F. Origem e implicações dos ácidos carboxílicos na atmosfera. Química Nova, 2001, 24(1):60-67.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Apresentação

Olá! Sejam bem vindos ao blog Química é vida. O mesmo foi criado por alunos de licenciatura em química da Universidade Federal do Amazonas e têm como objetivo auxiliar na pesquisa de assuntos relacionados à área, além de curiosidades. Os conteúdos serão postados semanalmente. Contamos com você, amigo visitante, para que nosso blog seja melhor a cada dia. É muito importante para nós os seus comentários para que possamos tornar o ambiente mais agradável para todos.